segunda-feira, 7 de abril de 2008

ESPETÁCULO II

O outro espetáculo foi Domingo (06/04). Ganhei umas cortesias pra ir ao Le’cirque. A alguns meses atrás fui ao circo de Portugal, depois de anos sem nem saber o que era isso. Tinha ido quando era criança, e como havia ganhado cortesias também (coisas de gerente de marketing...rs), e como o Gabriel, meu sobrinho de 5 anos estava lá em casa, resolvi levá-lo. Ver aquela magia de novo é sempre lindo... os artistas, acrobacias, os palhaços, os animais... no Circo de Portugal vimos chipanzés, leões, tigres, elefantes, cavalos... acho que só. No Le’Cirque, vimos camelos, dromedários, pôneis e girafas. Foi lindo! Quase chorei ao ver as girafas. Chega a ser emocionante. Agradeci a Deus a oportunidade de ver aquilo, e pedi que todos os animais de circo fossem bem cuidados, porque a magia que envolve aquele momento é emocionante... ver as crianças, ver o rostinho do Gabriel no momento em que a girafa pegou a cenoura na mão dele... nossa, dá uma coisa no coração... é mágico mesmo.
Não gosto de pensar na maldade das pessoas, se maltratam os animais de circo... prefiro acreditar que, assim como no axé tem os que buscam confusão e que são minoria, no circo há os que fazem ruindade sim, mas que não é tão comum. Afinal de contas, qual a oportunidade que teríamos de ver aqueles animais??? Entro em conflito com muita coisa, inclusive com o fato de que eles são tirados de seu habitat, e acho que ... preferia que eles estivessem livres, mas não serei hipócrita de negar a maravilha de poder vê-los, tocá-los ali, tão próximos. Ver a cara do Gabriel, e pensar que eu queria ter um filho, pra ter aquele mesmo olhar das mães que observavam seus rebentos admirados pela beleza dos animais e de tudo o que envolve o circo.

Aliás, o que pude perceber é que poucas pessoas de certo poder aquisitivo, eu diria classe A, B, AB.... elas não vão ao circo. O que a gente mais vê (tiro por base as duas últimas idas ao circo, o de Portugal e o Le’Cirque). E, quando veio o cirque du soleil todos os riquinhos se entusiasmaram. Era O ESPETÁCULO, ingressos vendidos um ano antecipado quase, dividido em não-sei-quantas-vezes no cartão, e só se falava nisso. Era devido ao status de ir ao CIRQUE DU SOLEIL, creio eu. Porque, assim como acontece com artistas nacionais, cinema nacional, etc, não valorizamos o que é nosso. O povão ta lá, na arquibancada, pagando 20/30 reais por uma cadeira num circo “popular”, pagando para que os filhos tenham a oportunidade de ver um pouco de magia e encantamento, mas os ditos ricos/”cultos”/sei lá mais o quê... os filhos deles só conhecem os palhaços que vão às suas festaças de aniversário para animar as crianças, e aqueles palhaços que vez por outra aparecem em programas infantis.

Em minha infância, fui a vários circos, parques, festas populares, dancei festa junina todos os anos da minha infância e adolescência, com direito a minhas irmãs e minha mãe indo às festas pra me ver dançar – já com mais de 15 anos!!!, sei quem foi o Bozo, vovó Mafalda, palhaço Pirulito, Piruquinha... Joguei queimada, mamãe-da-rua, pulei maré na frente da casa da minha amiga andréa, que morava duas casas após a minha, andei de bicicleta pelo bairro e pela cidade, fiz piquenique no jardim da escola com a merenda que a gente levava na merendeira... enfim, tive uma infância memorável, que gostaria que meus filhos, se um dia eu tiver, tenham também. Acho que parte da minha alegria vem de uma infância feliz.
Bom, aqui tratei de circo, animais e criação infantil... foi uma suruba de assuntos, mas foram impressões que me impactaram, e quis registrar.
Comentem sobre o que quiserem, como quiserem, ou não comentem. Essa história de blog tem servido muito para meu diálogo comigo mesma, e ler opiniões dos outros sempre facilitam nosso questionamento acerca dos nossos valores.
Bjoka.

ESPETÁCULO I


Da esquerda para a direita: Fá, Alê, Carol e Grási

Sexta (04/04) fui ao Axé Brasil 2008 – 10 Anos. Fomos eu, Alê (axézeira de tudo nesta vida, quase uma Baiana – com acento porque baiano fala acentuado), Carol (emepebezeira de tudo nessa vida, do tipo que desconhece quem seja Durval, Tuca, Saulo ou Peixe... risos... e canta uma ou outra música de axé... muito engraçado!) e Fabiane (sertanejeira que nem eu, mas que vai pronkitoká a homaiada – coisa de afinidade, amiga...rsrsrs). Aliás, as quatro gostam de estilos variados de música e de homens, e isso é muito bom. A gente não vai brigar nunca entre nós! Risos. Mas a comédia foi garantida: chegamos atrasadas, por volta de quase 21h, já haviam tocado TerraSamba e Cheiro de Amor. Fiquei arrasada, porque como eu não tinha conseguido cortesia pra sábado, queria aproveitar tudo o que pudesse na sexta, visto minha dificuldade pra conseguir os abadas de camarote. Claro que eu, uma mulher de extrema elegância e charme jamais iria de povão. Suor de alguém em mim só de homem gostoso e na hora H! Sem contar que nos camarotes, principalmente o da AMBEV é que rolam os homens belos e abonados, como também os garotos de 20 e poucos anos, loucos pelas magníficas mulheres de 30! Claro que é ali que eu tenho que ficar...rs.

Alessandra e eu estávamos em casa, já temos algumas festas do tipo em nossa carreira de purpurinadas. Fá era cabacinha, mas piriguete que é piriguete se adequa a qualquer ambiente rapidamente, afinal de contas beleza e simpatia não faltam à minha amiga. Até coroa iluminada a morena estava exibindo, quase uma miss...rs. Natália Guimarães morreria verde ao se deparar com o charme de Fabiane Aparecida.... kkkkkkkkkkkkkkkkk.... (fala sério!)....rs. E Carol, gente... sem base! Carol, outra cabaço, olhava tudo como um novo mundo, mundo de gente diferente, que não sabe recitar poesias, desconhece pensadores, mas que conhecem o corpo, o remelexo, a sensualidade, e porque não dizer a vulgaridade, a breguice, a piranhagem... tem sim, como tudo na vida tem seus podres, em lugar que toca axé a podridão taí. Se é que podemos chamar isso de podridão, mas de certa forma é um lado ruim da coisa. Ainda que, eu realço com toda a minha experiência de axé, eu nunca tenha presenciado surubão. Amassos sim, e quem me dera eu, debaixo do chuvão que caía, estar com alguém que, como um ímã, se “pregasse” no meu corpo, a chuva caindo e os corpos quentes, como se nada mais existisse, e aqueles milhões de pessoas ao redor não fosse nada... Ainda que eu ame MPB também, estou certa de que nenhum emepebezeiro jamais beijaria como um axézeiro durante um show, e nenhum show de mpb se igualaria a um Axé Brasil. Aquilo é mágico, acredito que todo mundo merece ir e ver qual é. Porque é um mar de gente. Porque é pura alegria. Porque o ar exala sensualidade. Porque são 60 mil pessoas dentro de um estádio vibrando numa mesma sintonia, muitas com o coração pulsando a cada refrão mais apaixonado, outras buscando esquecer o cotidiano no agito daquele momento mágico, outros... burros, que entopem o rabo de cerveja e buscam confusão, mas esses são minoria... Enfim, a sintonia que falo é a alegria de sublimar-se. De se sentir mil coisas porque tem mil pessoas de diferentes idades, diferentes gostos, cores, alturas, desejos... e você pode ser o que quiser ali... afinal de contas, é uma mistura, e você está no meio, disposto a um tanto de coisa, mas na verdade querendo ser a mais gostosa do lugar e pegar um cara bem gato... pronto, falei, e é isso que todas querem. Claro que menos as que vão acompanhada. Essas querem cair no embalo, e como deve ser bom...

Mas a gente, eu e minhas amigas, apesar de pagarmos de “as mais gostosas”, a gente teve a maturidade de saber que nem sempre brilhar significa estarmos penduradas no pescoço de um fofo, pois a gente sabe que se ele não apareceu é porque ele não estava lá, infelizmente. Brilhar pra gente foi rir das manotas da Carol em seu momento axé-conheço-todos-os-vip’s, das minhas piadas e comentários bizarros e críticos, da Alessandra vixe-mainha-natural-da-bahia e da Fá, também conhecendo aquele mundo maravilhoso das Divas. Foi ver que somos fantásticas em qualquer lugar, seja no buteco do zé da esquina, na boate Swingers, na feira comprando verdura, no escritório trabalhando, no pub violão e voz, no samba suor e cerveja, no pop-rock Brasil ou no Axé Brasil, Axé Minas Gerais. Porque elegância é ser você, onde for.

Amigas, foi fantástico. Amei cada momento, amei sair de lá debaixo de chuva e descabelar-me toda atrás de um taxista que se condoesse com nosso estado lastimável, principalmente porque Alê já não era ela...rsrsrs. Espero que tenha sido memorável, porque se faltou nossos fofos, não nos faltou alegria e motivo pra querer sempre mais, seja o ritmo que for, a gente vai. Risos. “Se chamar eu vou/ Ao som que furta cor/ Que furta coração/ Que leva emoção, eu vou, eu vou".

sexta-feira, 4 de abril de 2008

CORAÇÃO VAZIO

"Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movida por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama." Tati Bernardi - o não texto
Por várias vezes busquei essa vida mais madura, aceitar que não tenho quem amar agora, e que tenho que lidar com isso. E acredito que AGORA estou levando numa boa, mas constantemente entro em crises quanto a isso. Sou uma mulher apaixonada, altamente passional. Sinto falta de ter um número gravado no meu celular com nome Amor, sinto falta das mensagens, sinto falta daquela dor no coração depois das brigas, e sinto mais falta ainda das reconciliações.
Nunca lidei bem com o tal "eu me amo e isso basta". Me amo sim, acredito até que eu tenha algum problema de auto-estima, mas sou muito vaidosa, adoro os elogios que recebo da homaiada do escritório que trabalho, adoro quando ando na rua e percebo os olhares. Mas cansei da vida de solteira, sinto falta de amor, sinto falta de gostar, sinto falta de paixão. Sinto falta de fazer amor... e não sexo. Sexo é bom, é ótimo, mas fazer amor faz falta. Carinho, cumplicidade.
É mais ou menos aquela história: "Eu não preciso de você nem pra andar nem pra ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado" (TB). Como é bom ter alguém a quem gostar, alguém pra dar e ganhar presentes...
CACETE, EU QUERO UM NAMORADO!!! ONDE VENDE ESSA MERDA??? (Opa, esqueci que não tenho dinheiro pra pagar algo tão raro...rsrsrs)