segunda-feira, 31 de março de 2008

QUEM É ELA??? .... A .....

A amiga do Ticiano, que posta em nosso blog e também no do Ticiano... Que polemiza, mas não fala o nome??

Sabe o que é, A? É que a gente é curiosa pra caramba, e fica todo mundo querendo saber quem é quem, e confesso que nunca fui boa em jogos do tipo "Detetive", ou descobrir quem matou Odete Hoitman e outras façanhas de filmes e novelas, etc...

Acho que faço parte do perfil de mulher que prefere o óbvio. Adoro joguinhos, mas me irrito qual criança pirracenta se eles não tomam o rumo que quero.

Então é por isso que gostaria que vc abrisse seu coração, sua vida e seu nome...rs. Claro, se vc quiser. Se não, a gente vai continuar BEGES de tanta curiosidade...rs

quarta-feira, 26 de março de 2008

HEMORRÓIDA: COISA SINISTRA!

Aposto que ao ler o título veio aquele sorrisinho sinistro no canto da boca que a gente sempre nota no rosto dos sortudos que desconhecem o que é sentir a dor de uma doença hemorroidária. Não, não estou julgando o maldito sorriso. É o mesmo sorrisinho de quem ouve a história de alguém que broxou na hora H. É por desconhecer a dor da tal hemorróida ou o drama da impotência sexual que a gente ri... afinal de contas, é um problema "das partes baixas"... Literalmente um "cú" de doença e um "cacete" de problema. Risos... Tá vendo, olha o risinho aí!
Bom, eu sou mulher, não sei o que é broxar. Já fingi orgasmo, mas que jogue a primeira pedra aquela que nunca fingiu. Mas imagino o que é o cara "falhar"... até o próprio nome que damos ao problema já é preconceituoso. Mas, foda-se o broxa, não vim aqui pra falar deles. (aliás, rezo todos os dias para que fiquem longe de mim!!! rsrsrs).
Vim aqui pra relatar da HEMORRÓIDA. Puta que pariu, ninguém merece isso! Como sofri, meu Deus... Comecei a ter a maldita crise aos 16 anos. Aqui em casa, uma casa de 7 filhAs, é mais ou menos assim: mãe teve e operou. Pai teve e operou. Minha irmã mais velha teve e operou... duas vezes! Todas as outras tem, mas em grau menos complicado, que ainda dá pra segurar a onda. Já eu... a minha era gigante. E tinha a tal fissura anal, que é um corte, no meu caso localizado na parte inferior do ânus. Esse corte ficava constantemente aberto, e toda vez que eu ia evacuar, sangrava, e doía pra caralho! E ainda tinha engraçadinho que vinha me fazer proposta indescente... fala sério. Hoje, depois do que passei com a cirurgia, sou capaz de quebrar todos os dentes de quem tocar nesse assunto comigo. Já catei um soco inglês que pai andava com ele justamente pra isso. rs....
O PROBLEMA: passei por três médicos (leia-se três digitais em meu... ânus). A opinião dos três foi a mesma: caso cirúrgico. O meu caso já era grau 4, não tinha jeito. O primeiro que fui foi o médico que operou minha mãe qdo ela teve um tumor no reto, o Dr. Diógenes (a aliança desse aí parecia um bambolê... rs... mas tive que ir, afinal de contas, ele conhecia o tuim de mãe e tb o caso de câncer na família) me falou o seguinte: "Olha, minha filha, vou te ser sincero: dói muito o pós-cirúrgico, por isso costumo ser honesto. Só opero de hemorróida o paciente que me implora pra operar. Sinto que informar que isso não vai demorar a acontecer com vc, mas qdo esse dia chegar, é só me procurar". Isso foi em 2003. A coisa foi piorando, e em 2005 procurei a opinião de um outro médico (esse, com dedo menor...), Dr. Gustavo. Disse a mesma coisa, mas me receitou uma pomada que aliviava bastante. DINITRATO DE ISOSSORBIDA 1%. Ótima! Principalmente pra quem tem a tal fissura. Isso fez com que eu aguentasse por mais 3 anos. Só que, com os problemas do trabalho, entre outros tipos de estresse (falta de homem, falta de dinheiro, etc...), a coisa ficou feia, e não dei conta: pedi pra sair! ...rs. O médico que operou mãe/pai/irmã, Dr. Tadeu (esse não me dedou não!) me indicou um especialista em Timóteo, Dr. José Adriano. E foi com ele que operei.
CIRURGIA: Vou contar uma coisa: se alguém for operar, eu falo exatamente o que o Dr. Diógenes disse: Só vá se vc não aguentar mais de dor, pq a dor do pós-operatório é tão grande, tão regaçada, que vc precisa acreditar que é a última vez que vc passa por aquilo pra não pensar na morte. Dói pra cacete! Não tem outra palavra pra descrever. A cirurgia não dói nada. A anestesia é a raqui. Eu não dormi, ainda que tenham me dado remédio... O médico, que inicialmente iria me operar só da fissura, ficou boquiaberto com o tamanho da hemorróida. Diz ele que tinham 4 mamilos hemorroidários internos gigantes (quase uma vaca com 4 tetas...rs), e que precisava tirar. Claro, óbvio que era isso que ele tinha que fazer. Nunca vi eu me submeter a uma cirurgia assim, arreganhar toda numa mesa de cirurgia pra tirar um cortesinho... Falei com ele: "Dr., tira tudo o que tiver que tirar, pq não pretendo deitar aqui de novo nunca mais. Inclusive, se por acaso tiver um menino de 9 meses aí na parte da frente, pode mandar ver. Deve ser meu...rs." Claro que ele riu, né...rs. Qdo a anestesia começou a não fazer efeito, chorei de dor, mas era uma dor meio que parecida com as que eu sentia qdo fazia cocô mais sólido, e abria a fissura. Qdo fui pro quarto, não senti dor, mesmo pq tomava remédios e o tal do buscopan na veia. E ainda tem isso: queima pra burro a tal injeção de buscopan. Nú... vontade estraçalhar a enfermeira! Mas alivia na hora também a dor... Bom, papo vai, papo vem... dormi. Qdo acordei, por volta das 22h, eu tava com fome. Caí na bobeira de comer... vomitei tudo. Nada parava no estÔmago por causa da anestesia. Levantei pra tomar um banho, e vomitei mais. Nem água, nada... mas depois dormi, graças a Deus, e acordei só com a enfermeira, pra me aplicar outra injeção.... Isso eram umas 5 da manhã, e qdo deu 6h, liguei pra minha irmã e vim pra casa.
PÓS-CIRÚRGICO: aqui é que é traumático. Operei dia 04/03, às 10h. Dia 05 eu tava em casa, não evacuei e nem senti tanta dor local.... tomei tilex, diclofenaco e buscopan.... Como não estava sentindo dor, liguei pro médico, altamente agradecida, rogando a Deus que protegesse ele. Despedi carinhosamente, afinal de contas, estava eu livre da dor... Dia 06: acordo e me deu vontade de ir ao banheiro. Puta que pariu! Não tem lógica não... dói! Dói absurdamente doído. Eu sentava no trono e abraçava minha mãe, quase desmaiando de dor... e ao terminar aquilo ali, eu ia direto sentar numa bacia de água quente, que era o único lugar que eu sentia menos dor... e por ali ficava por mais ou menos uma hora, chorando copiosamente, alucinada de dor. Qdo a dor diminuía, eu ficava ali, sem pensar em nada.... E por aí foi, quase uma semana direto, 2x por dia, por causa da dieta rica em fibras. Operei numa terça, e só no domingo é que consegui ir ao banheiro sem chorar.
Hoje estou bem melhor. A cicatrização tem sido tranquila. Sem contar que toda a semana tenho que ir lá no médico levar uma dedada. Quando fez uma semana, fui lá pra ele ver... Eu deitei tremendo na maca. Daí, veio ele com um tubinho de xilocaína. Eu perguntei: "Pra quê que é isso?". Ele: "vou precisar fazer um toque pra ver se não deu fibrose". Fiquei sem palavras! Chorei de dor. As próximas não doeram tanto, mas essa primeira eu cheguei a gritar.
Agora vamos ao motivo desse relato: foi tão traumático, chega a ser tão constrangedor, que se a gente não levar na brincadeira, vc fica mau. A gente fica tão frágil com a dor que eu, particularmente, senti a necessidade de contar isso pros meus amigos e pra quem quiser ler. Afinal de contas, não tem pq ter vergonha, me sinto melhor contando isso do que guardando pra mim. Talvez para que tenham pena, tvz para que vejam que sofri, sei lá... Tvz pq eu queira algum tipo de carinho dos que viram que foi terrível... tvz eu queira que morram de rir das besteiras que conto... Tvz porque essa sou eu, uma nova eu com um cú novo. E INTOCÁVEL!
Beijokas!
Grási.